sexta-feira, 27 de março de 2009

Anti-APCM

Achei esse texto em uma comunidade do orkut, achei interessante e resolvi colocá-lo aqui no blog. O autor é Felipe Oliveira, seu perfil no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=11740441131758820247
Abaixo segue o texto:

"PROTESTO CONTRA APCM

Eles começaram a guerra e a gente tem força o suficiente pra continuá-la e vencê-la.Como se não bastasse o tipo de música que andam nos empurrando, agora tiram também a possibilidade de procurarmos e encontrarmos boa música. Muitos dos CDs disponibilizados para download estão hoje fora de catálogo em suas gravadoras, as pessoas que querem isso, vão agora pagar uma fortuna em sebos, pois, são raridades, os donos de sebos já sabem quanto custa cada obra que ele possui, são inteligentes, e o preço de um disco de vinil lançado em 1950 é hoje mais caro que um CD que lançou ontem, e qual é o lucro que as gravadoras obtêm com isso? Nenhum. Porém, eles nos tiram a oportunidade de ouvir música. A música é uma arte, e ela não pode simplesmente morrer com uma geração, ainda dizendo dos álbuns que estão fora de catálogos, muitos não possuem nem projeto de remasterização e relançamento em CD e qualquer do tipo.
Não bastando só isso, há também os milhares de adolescentes que não possuem dinheiro pra comprar todos os CDs que querem, e também não vale a pena pagar por um CD sem saber como ele é, pagar por um CD e por fim não gostar, pra isso existia os downloads, eu mesmo quando baixava, quando gostava e me interessava, procurava pra comprar, ou em vinil ou em CD, porém, eu não trabalho ainda, não tenho dinheiro pra bancar a arte que tanto amo, a música, e eles estão tirando esse direito da gente, o direito de ter cultura.Estão tentando nos fazer seres que não pensam, desprovidos de cultura e de arte porque as músicas que eles empurram para meninas dançar em boates são músicas que denigrem a imagem da própria mulher, músicas que às vezes fazem apologia as drogas e ao crime, e isso eles não proíbem, milhares de vendedores ambulantes ganhando dinheiro com algo pirata eles também não proíbem, e é agora que a pirataria vai crescer, quem pirateia tem suas fontes, eles não vão deixar de fazer os milhares de CDs piratas por conta que uma comunidade deixou de existir, eu mesmo me candidataria a doar o meu acervo pra eles piratearem, só pra sacanear com essa gente que nos tira o direito de ouvir música.
Em tempos de ditadura, artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Raul Seixas, Geraldo Vandré, entre outros, eram caçados pela censura por causa de letras inteligentes, ainda em 80, bandas como Legião Urbana e RPM tinham suas músicas proibidas de radiodifusão e execução pública, letras inteligentes e não de apenas revoltas adolescentes, hoje músicas que possuem como frase: ‘se a buceta ta doendo eu vou meter na sua bunda’ e ‘vai rolar um adultério’ fora muitas outras tocam por aí numa boa.
Eles enfim conseguiram fazer o queriam, a ditadura é agora e não há anos atrás, conseguiram fazer uma geração que não fala quando vê descaradamente um político roubando dinheiro do povo, uma geração que não protesta contra seus direitos e tudo o mais, que assiste a tudo na poltrona em frente a TV e dá risada como se fosse algum filme de comédia, algum programa de cunho humorístico ou coisa e tal.Venho através desse dizer minha proposta e tentar contar com a ajuda de vocês pra que isso mude, a proposta é a seguinte: Encontrarmos um representante em cada estado e marcarmos encontros, combinando dia, local, sairmos nas principais avenidas e coisas do tipo com cartazes e prol do nosso direito de ouvir música. Pode parecer bobagem, mas não podemos nos manter calados diante do que está acontecendo, e nem podemos ficar apenas discutindo via internet, não, eles não ouvirão, a APCM conseguiu o que queria, uma repercussão nacional pra mostrar que a comunidade saiu do ar, pra mostrar que a tal APCM trabalha, agora é a nossa vez, vamos mostrar que temos todo o direito de ouvir música, e que compartilhar cultura não é crime, crime é vender cultura, como vendedores ambulantes fazem."

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